Dizem que o amor é cego, mas será que também é surdo ao barulho do motor batendo pino? A gente ouve falar num ‘governo do amor’, mas na hora de encher o tanque e pagar os boletos, a realidade parece outra, né não?
A Declaração de Amor que Pesa no Bolso
É uma conta que não fecha. De um lado, um discurso afetuoso. Do outro, a maior carga tributária da nossa história. É como aquele namoro onde os presentes são lindos, mas a fatura do cartão… meu amigo, essa dói na alma. A gente sente esse ‘amor’ doer direto no bolso, e aqui no Nordeste, essa dor tem um peso diferente.
O ‘Carinho’ Extra que Funde o Motor
E como se não bastasse, vem o ‘agrado’: aumentar o etanol na gasolina para 30%. Parece pouco, um detalhe, um ‘tempero a mais’ no combustível. Só que esqueceram de um pequeno detalhe: o motor do nosso carro, aquele guerreiro de todo dia, não foi feito pra essa receita. O resultado? Uma visita inesperada e salgada à oficina mecânica. Esse ‘carinho’, na verdade, vai azedar o caldo de muito motorista.
No fim, essa relação parece um daqueles rolos que a gente sabe que vai dar errado, mas insiste. Promessas de paixão que terminam com o coração e o motor quebrados.
Em terra de muito imposto, qualquer ‘amor’ que danifica o motor é, no mínimo, suspeito.
Beto Águia
